A Casa da Vovó
Parede, tijolo de barro de terra batida era o chão, tinha telhado de zinco e um enorme galpão.
Chão de terra batida,
tu já vistes uma assim?
Portas e janelas azuis, na frente um lindo jardim! Aquele telhado de zinco causava uma sensação, chuva embora fraquinha fazia um barulhão como se tivesse lá fora tocando um batalhão e logo batia a bobeira um sono... naquele colchão! E se fosse temporal? Assustava de montão! Vovó fazia uma cruz de erva na ponta o sal. Rezava para Jesus acalmar o temporal. E quando o sol se deitava era a vez do lampião, à noite, muita penumbra, ninguém se queixava não, a sombra na parede era nossa diversão! No quarto, cama de mola, colchão de palha macia no zinco pequenos furos raios de ouro surgia por onde o sol se infiltrava pra se esconder do dia. Ali, bem ali naquela cama, que ao deitar um barulhinho a palha macia fazia, pois foi ali que um dia belo domingo de maio, uma mulher muito jovem gemia quase em desmaio. Seu bebê chegara a hora chamaram a velha parteira que viera sem demora, água quente , muitos panos, Nossa Senhora do bom parto! Cusco do lado de fora corre aflito até o quarto as duas patas na porta ouve um choro de criança qual um gatinho, um miado gemidos, rumores, o parto! Nos braços da velha parteira chorava um bebê inocente enquanto a parteira sorria e dizia toda contente: Nasceu! É uma guria! Pois foi ali, bem ali entre raios de sol que surgia, simples assim... eu nasci! Lu Ar
Enviado por Lu Ar em 04/12/2011
Alterado em 04/12/2011 |