01/09/2010 23h12
Bisteca
Quando ele chegou pensei até em desistir tão feio e sem graça! Mas ele soube conquistar-me com um abraço inocente e alheio aos meus pensamentos... Meu coração derreteu-se com aquele gesto. Ele ficou. Fazem dois meses que faz parte da nossa pequena família.
Hoje ele ganhou uma casa. Muito a contragosto tomou aquele banho pra poder entrar na casa nova. Secando o pêlo pois aqui no sul faz muito frio. Ele já está com quase cinco meses e cresceu muito! Ele está lindo agora, bem gordinho. Só é muito travesso! Quando saímos eu e a Laura, ele faz sempre alguma traquinagem só pra mostrar que não gostou de ficar sozinho! Mas eu sempre perdoo porque também não gosto de ficar só. Fala sério! Não é uma gracinha? Publicado por Lu Ar em 01/09/2010 às 23h12
04/01/2010 00h27
ONZE HORAS
Minha amiga insistiu tanto que acabei indo pra casa de praia tomar chimarrão com ela e jogar conversa fora. Estávamos a falar de namorados e coisa e tal, quando baixei os olhos e vi a flor. Lembrei imediatamente de minha infância. Não pude evitar de voar em pensamentos. Minha avó chamava esta flor de "onze horas". Dizia que era porque ela só abria ás onze horas da manhã. Então eu ficava o tempo todo curiosa cuidando a flor que abria com o sol das onze e fechava ao por do sol. Enquanto brincava com meus primos volta e meia passava perto dela admirando-a por ser tão sabida! Ela amava o sol! Ela admirava o astro-rei! Aquilo me intrigava e fascinava! Cresci! E tantas coisas aconteceram que não lembrava mais desta flor! Agora ela estava ali. E não pude deixar de admira-la. De fato, á medida que o sol subia majestoso, ela abria suas pétalas rosa pink num despudorado tributo ao astro.
Aquela flor fez com que lembrasse de como eu era feliz naquela época! Que bom ser criança! Publicado por Lu Ar em 04/01/2010 às 00h27
14/11/2009 19h53
RECORDAÇÕES DE PROFESSORA
Estava ali parada. Cabelos loiros cacheados totalmente desalinhados, olhos azuis, boca cor de rosa. Vestia uma camiseta azul surrada, um short jeans que um dia foi preto e chinelos havaianas. Trazia na mão um caderno e um lápis. Caminhei até onde estava sorrindo na tentativa de encorajá-la. Estendi a mão. Ela colocou sua mãozinha pequena dentro da minha, ergueu a cabeça e olhando-me com seus incríveis olhos azuis,
perguntou: _ Professora, tem certeza que vou aprender a ler? Aquele era seu terceiro ano na primeira série. E eu, sua terceira professora. Abaixei-me, mergulhei meus olhos nos dela e respondi firme: _Tenho sim. Jamais esqueci o brilho de esperança, o sorriso de confiança e o amor que recebi daquela criança naquele ano escolar. Publicado por Lu Ar em 14/11/2009 às 19h53
|